A todos que até o momento se inscreveram ou contribuíram, muitíssimo obrigado.
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Revisão, programada já faz um tempo, de Fulaninha.
Busco a resenha que consta no Guia de Vídeo 1993 da Nova Cultural. Ei-la:
Cineasta filma uma garota que passa pela rua e se apaixona, sem saber, pela mãe dela. Ensaio autobiográfico de pouco interesse.
A cotação dada é a mais baixa do Guia: uma estrela. (Um parêntese: até a edição de 1992 eram incluídos os filmes com cotação zero estrela, mas a edição de 1993 abre com a seguinte nota: “Com 1189 filmes novos, num universo de quase 8000 títulos, o VÍDEO 1993 tornou-se, nesta sexta edição, um guia mais seletivo, em que o objetivo de registrar tudo deu lugar ao de oferecer o melhor. Assim, em suas 896 páginas já não constam muitos filmes antigos, que aos poucos acabaram sumindo do mercado. Foram também eliminados os filmes de cotação zero […]”.)
Essa informação tem, a meu ver, um interesse puramente histórico: ela nos permite saber como podia ser a percepção pública de um filme como Fulaninha num momento (final dos 1980, início dos 1990) em que o cinema brasileiro era ainda mais desprestigiado do que é hoje.
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O filme do David Neves, no entanto, revela-se desde a primeira visão uma façanha tanto em relação à produção da época em que foi lançado (a época: 1986-1990, momento crítico da Embrafilme, período de vacas magras como poucos na história do cinema brasileiro) quanto em relação à produção de hoje.
Há algumas razões para isso. Vou tentar relacionar algumas delas aqui.